Opala, ícone do automobilismo brasileiro, foi lançado em 1968 para enfrentar o Ford Galaxie. Por ter sido criado às pressas, seu projeto foi um verdadeiro Frankenstein. Aproveitando a traseira do Opel Rekord, lançado na Alemanha, e as peças da dianteira vieram do Impala, sedan de luxo do mercado norte-americano. Se motor, no entanto, vinha emprestado do Chevelle, modelo médio comercializado nos Estados Unidos.
Foi com o Opala que a Chevrolet deu início à principal categoria brasileira de automobilismo: a Stock Car. Com uma versão “mexida” que entregava 270 cavalos, o modelo foi imbatível durante 14 anos nas pistas. Em 1991, com o propósito de bater o recorde de velocidade, um modelo Stock Car recebeu uma preparação ainda mais agressiva, resultando em 400 cavalos que era movido a etanol. O piloto Fábio Sotto Mayor empurrou o Palão para 303 km/h, conseguindo atingir um pico de 315 km/h na melhor puxada.
Ao longo dos anos, foi modernizado, mas sempre mantendo duas opções de motorização: 4 e 6 cilindros. Ao todo, tinha três versões: cupê, sedan e station wagon. Somados, em 1992, último ano de produção, os três modelos chegaram a quase 1 milhão de unidades produzidas. Foi tirado de linha com a chegada do Ômega, o qual também vinha com configuração de 4 ou 6 cilindros.
Dias atuais
Agora, o Opala continua performando nas pistas. Em sus versão seis cilindros, é um dos preferidos para arrancada. Por ser um projeto dos anos 60, o Opala acaba por ficar atrás de modelos atuais 1.0 turbinados originais de fábrica. No entanto, seu motor 4.1 oferece grande possibilidade de preparação, o mercado de peças é amplo e o conhecimento dos preparadores já somam décadas, fazendo com que o 4.1 de 171 cv supere facilmente 1.000 cv, fazendo dele um monstro devorador de retas. Com mais de 60 anos, o Opala continua assombrando carros atuais nos 402 metros.