Antes de tudo, vai ter spoiler!
Nicolas Cage em seu auge, Angelina Jolie versão loira, anos 2000, 50 carros exclusivos – o que poderia dar errado em um filme desses? O longa 60 segundos é uma daquelas obras que serviram como influência para uma geração ao lado de Need For Speed Underground 2, Velozes e Furiosos e Midnight Club.
No filme, Nicolas Cage interpreta Rendall Raines, um ladrão de carros arrependido que deixou a carreira criminosa para se tornar instrutor de kart. Enquanto isso, seu irmão Kip Raines, interpretado Giovanni Ribisi, continua no mundo do crime e acaba se enrolando com a máfia. Para resolver a questão, Rendall precisa reingressar na carreira de furto de carros e entregar 50 bólidos exclusivos para salvar a vida do seu irmão.
Cenas…
O ponto forte do filme, além das cenas de ação e perseguição, é a exploração de modelos como o monstro de aço Hummer H1, o clássico da espionagem Aston Martin DB1 1962, a italiana Ferrari 355B, a temida Lamborghini Diablo e a estrela Mustang Shelby GT500 1967, denominada a Eleanor. A bebê de Rendall foi montada pela Cinema Vehicle Services exclusivamente para o filme e conta com um motor nada modesto 5.8 com mais de 400 cavalos.
Ao assistir a obra, era impossível não se empolgar com a aparição dos carros e as maneiras inusitadas, e um tanto mentirosas, de como furtá-los. A perseguição policial ao Mustang é a cereja do bolo. O V8 “mexidão”, ainda aspirado, não dá fuga apenas nas viaturas policiais, mas também em um helicóptero ao utilizar nitro na reta. Não contente, finaliza planando sobre o trânsito parado. Concedendo um pouco de liberdade poética já que a pancada seria suficiente para entortar ao meio o Mustangão, a cena enfatiza o desespero do Rendall em entregar o carro para salvar o irmão.
Nem velho, nem novo
60 segundos é um daqueles filmes que servem como imagem de fundo, ou seja, não chega a ser uma obra prima, conta com erros de roteiro e desafia a física em alguns momentos, mas preenche o ambiente sem praticamente ninguém reclamar e consegue prender a atenção na primeira olhada. Ainda não é velho o suficiente para entrar nos clássicos, mas já tem tempo o bastante para fazer parte da nostalgia de muita gente como o autor deste texto.