Veja como a indústria automotiva se modificou ao longo do tempo e os panoramas futuros
Em 1908 saia o primeiro Ford T da fábrica. Em 1913, a unidade de Highland Park da montadora deu um passo a mais e desenvolveu o processo de linha de produção. Com isso, a fabricação de automóveis passou a ser otimizada, produzindo mais em menos tempo. Com o passar do tempo, a lógica de linha de produção foi adotada por indústrias dos mais variados ramos, difundindo-se pelo mundo.
Por décadas o setor de transporte contou com processo manual para construção de veículos. No entanto, o setor foi um dos primeiros a introduzir robótica. Na década de 70 a coisa já era bem difundida. Hoje, a maior parte do processo é realizado por robôs desde a montagem, soldagem e pintura.
A indústria 4.0
Agora, no entanto, as fábricas de veículos estão avançando para a indústria 4.0. Assim, robôs cada vez mais autônomos estão à frente da linha de produção. Capazes de se comunicar entre si e tomar decisões, identificam cada peça de cada carro, sendo capazes de fabricar vários veículos ao mesmo tempo. Um exemplo disso é a unidade da Volkswagen locada na cidade alemã de Wolfsburg. Por lá, os robôs já substituíram grande parte da mão de obra, cobrindo áreas até da engenharia.
O caminho que a Tesla tomou
Um exemplo de alto nível de automação é a fábrica da Tesla que apostou pesadamente em automação e inteligência artificial em 2018. Assim, esperava produzir 5 mil carros a cada semana, mas não atingiu nem mesmo a metade da meta. Elon Musk, CEO da companhia, afirmou que o erro foi justamente ter subestimado os seres humanos. Por mais rápidas que as máquinas possam ser, elas ainda não chegam nem perto da adaptabilidade de pessoas. Com isso, a Tesla reviu seu processo.
O exemplo da Tesla mostra que por mais rápida que seja a evolução da indústria 4.0, seres humanos ainda são necessários nas cadeias produtivas. Conforme Célia Ricotta Mussi, haverá um nível de substituição de humanos por máquinas. O resultado desse movimento será a especialização, ou seja, cada vez mais as pessoas precisarão se especializar. Mas estamos longe de um cenário em que a mão de obra humana é totalmente descartada.
Assim, diferente de como acontece no filme Eu Robô, inspirado no livro homônimo de Isaac Asimov, o ser humano tem especialidades naturais que o tornam mais apto a cenários que mudam constantemente.