Porsche sai na frente ao liderar pesquisas sobre gasolina sem petróleo no Chile.
Com o mundo cada vez mais preocupado com os níveis de emissões de gases poluentes, a montadora alemã de carros esportivos Porsche está pesquisando e desenvolvendo gasolina sem petróleo. No sul do Chile a primeira planta industrial já está em operação na cidade Punta Arenas.
A proposta é que o novo combustível seja compatível com os atuais motores à gasolina, sem necessidade de adaptação. Além disso, o projeto prevê a captura do gás carbônico da atmosfera para formular a gasolina. Isso significa que além de dispensar o uso de petróleo, o novo combustível ajuda a remover os gases poluentes da atmosfera. Esse processo já é naturalmente feito com a produção do etanol, pois a cana de açúcar, planta da qual o etano é extraído, captura gás carbônico da atmosfera para crescer.
A nova gasolina ainda está em testes, mas já apresenta resultados promissores, sendo capaz de impulsionar os veículos de competição 911 GT3 Cup – da Porsche.

O Chile foi escolhido porque por lá os ventos da América do Sul são constantes em frequência e sentido, o que permite a geração de eletricidade barata, a qual é necessária para a fabricação do combustível.
E o Brasil?
Em setembro, o governo brasileiro enviou um Projeto de Lei ao Congresso que prevê o investimento de R$ 250 bilhões para o desenvolvimento do “combustível do futuro” para diminuir a dependência do petróleo.
Ainda não é possível determinar a possibilidade de escala industrial da nova gasolina, mas ao que tudo indica, em um futuro próximo, a dependência do petróleo poderá de fato diminuir, assim como a estabilização do preço da gasolina.