Veja como o carro do gangster mais conhecido dos Estados Unidos se tornou famoso por ser o primeiro veículo blindado
A blindagem era tão avançada para a época é que após o ataque à base norte-americana do pacífico Pearl Harbor pelo Império Japonês, o Serviço Secreto começou a se preocupar ainda mais com a segurança do presidente e decidiu que precisavam de um veículo blindado e optaram pelo veículo apreendido de Al Capone – assim conta a versão.
O blindado de Al Capone
Alguns registros afirmam que o veículo do gangster Al Capone foi o primeiro automóvel civil blindado. As janelas tinham em torno de 2,5 cm de espessura e toda a carroceria foi preparada com placas de aço e amianto para resistir a tiros. O vidro traseiro se movia para permitir disparar de dentro do veículo e no porta-luvas escondia um rádio da polícia. Contava com luzes iguais as utilizadas por viaturas para facilitar a fuga em meio ao trânsito e sua pintura verde com teto preto copiava os carros de polícia.
Quando Al Capone foi preso em 1932, seus bens foram confiscados, incluindo seus veículos – entre eles, o Cadillac blindado. Anos mais tarde, uma história começou a se espalhar, a qual afirmava que o presidente Franklin D. Roosevelt utilizou o automóvel logo após os ataques à Pearl Harbor. Essa história ganhou força com a publicação em renomados jornais e sobreviveu até os dias de hoje, sendo ainda mais disseminada pela internet.
Origem da história
A primeira afirmação de que o carro do líder criminoso foi usado pelo serviço secreto foi feita pelo autor Michael F. Reilly (que foi agente do serviço secreto) em seu livro Reilly of the White House. Acredita-se que a história tenha surgido para alavancar a venda de seus livros, o que deu certo. O jornal The Telegraph contou a história em uma matéria publicada em 2021.
Tendo levado em consideração a autoridade de um ex-agente do serviço secreto em sua afirmação, alguns jornais publicaram a história como sendo verdadeira após o lançamento do livro de Michael.
A verdade é que o veículo não foi utilizado pelo serviço secreto para transportar o presidente. O destino do automóvel foi leilões e aquisições por colecionadores. Rodou por vários países em exposições e até hoje é um dos veículos mais valorizados do mundo pela sua singularidade e história.
