Golpe em revenda de carros. Como se proteger?

Comprar um veículo é um momento aguardado por muitos brasileiros. No entanto, é preciso estar atento às más práticas de mercado para não cair em um golpe. É importante ressaltar que nem todas as revendas fazem tal tipo de coisa, sendo uma minoria, mas que representa um enorme impacto na sociedade.

Segundo uma publicação do Click Petróleo e Gás, cerca de 30% de todos os veículos seminovos ou usados comercializados no Brasil têm o seu hodômetro adulterado. A prática de diminuir a quilometragem no marcado é uma estratégia criminosa para ganhar mais pela venda. Em resumo, a loja compra o carro em questão por um valor abaixo do mercado por conta de sua alta quilometragem, adultera o automóvel e o revende por um valor maior ao afirmar que é um carro pouco rodado, quando na verdade não é.

O problema é agravado pela facilidade de realizar a mudança. Antigamente, na era dos hodômetros analógicos, bastava desmontar o painel e rodar com a mão ou alguma ferramenta os marcadores analógicos. Com os digitais, tornou-se ainda mais fácil, com a possibilidade de fazer tudo por meio de aplicativos. Em casos de uso mais acentuado, nos quais os carros apresentam desgaste de componentes como volante, manopla de marchas e pedais, esses itens são substituídos com o propósito de mascarar o uso.

Qual o problema?

Um veículo tem uma vida útil de seus componentes que precisam ser substituídos com determinadas quilometragens para manter a segurança dos passageiros. O próprio motor tem uma vida útil que varia de modelo para modelo, tipo de uso e frequência de manutenção. Quando o consumidor compra um automóvel adulterado, as peças foram usadas por muito mais tempo do que ele acredita que foram e assim quebras inesperadas pode ocorrer.

O prejuízo financeiro, bem como incômodos, tende a acompanhar esse automóvel. Porém, cabe alertar que um carro com alta quilometragem não necessariamente é um veículo problemático, dependendo do cuidado recebido durante seu uso.

Dá para confiar nas soldas e selos originais?

A solda original de fábrica é feita por robôs industriais, garantindo precisão e uniformidade nos pontos de solda do veículo, com padrões específicos difíceis de replicar manualmente. Além disso, as montadoras aplicam selantes, revestimentos e tintas especiais para proteger e identificar essas soldas, o que torna mais fácil diferenciar reparos improvisados. Por conta da sua qualidade e dificuldade de replicação, as soldas são fatores levados em consideração para atestas a originalidade de um automóvel. Golpistas tentam imitar esses padrões usando métodos simples, como a ponta de uma borracha de lápis, mas deixam sinais de irregularidade, como espaçamentos inconsistentes ou acabamentos diferentes.

O problema é que alguns funileiros são capazes de deixar a cópia da solda tão próxima da original em termos estéticos que mesmo um laudo cautelar pode acabar não constatando o reparo. Ela poderá pegar a repintura que fica muito mais evidente, mas não vai atestar se é proveniente de uma colisão ou apenas retoque da tinta por conta de desbotamento.

Como evitar cair no golpe?

A principal defesa é um laudo cautelar, que é um serviço que analisa o veículo em busca de coisas escondidas como sinais de que o veículo é colidido, repintado ou outras coisas que podem passar despercebidas pelo comprador.

O laudo, normalmente, não acessa a central eletrônica do automóvel que registra a quilometragem real, mas é capaz de detectar a inconsistência dos sinais de uso com a quilometragem indicada no painel. Já nos casos de troca de componentes fica mais complicado de identificar a quilometragem real.

Fraude em laudos

Infelizmente, o crime pode se estender para os laudos cautelares, normalmente de duas maneiras: laudo falso com utilização de uma empresa também falsa, laudo falso com utilização de empresa verdadeira, laudo antigo anterior a alguma condição do veículo como colisão.

Uma maneira de filtrar esses casos é pesquisar a empresa que emitiu o laudo e entrar em contato para verificar a veracidade e/ou contratação de laudo próprio.

Test Drive

Um test drive é uma etapa importante do processo de compra. Nele, o carro revela vícios, problemas, barulhos e comportamentos estranhos. É recomendado dirigir em diferentes tipos de vias como asfalto e paralelepípedo, além de passar em lombadas, pois elas são estruturas que exigem robustez estrutural. Caso a pessoa interessada em comprar um veículo seja inexperiente ou não entenda de carros, o que não é problema algum, pode recorrer à ajuda de conhecidos de confiança que entendam ou até mesmo a contratação de mecânicos ou avaliadores.

Inspeção visual em partes escondidas

Olhar a parte de baixo de um automóvel no elevador ou rampa também pode entregar coisas relevantes como soldas, emendas e coisas do tipo, sinais de que o carro passou pro por reparos.

No final das contas: comprar um carro é uma dívida de anos no caso de financiamento ou exigiu anos de economias no caso de compra à vista. Se ficar em dúvida sobre a real situação do carro: não compre. É possível encontrar um mesmo modelo em outras revendas, podendo ter mais opções e encontrar uma unidade em melhores condições.

Venda de carro roubado/furtado

Em alguns casos, pode ocorrer a oferta de um carro roubado ou furtado que “veste” itens de outro veículo de mesmo modelo, ano e cor como maneira de disfarçar sua real origem.

Como esse golpe funciona?

Um carro completamente destruído é adquirido em leilão ou mesmo diretamente com o proprietário por um criminoso. Vamos usar como exemplo um Volkswagen Gol vermelho de ano 2016. O veículo em questão não tem muito valor já que sua estrutura e componentes não servem para uso, pois está destruído pela batida. Esse mesmo criminoso compra um outro Volkswagen Gol vermelho, 2012, roubado. Ele, então, transfere os itens do Gol colidido como placas e outros itens que contém o número de chassis para o Gol roubado e o vende. Em outras palavras, o criminoso vende um Gol roubado com documentos e placas de um Gol acidentado que foi comprado legalmente. O comprador leva o veículo sem saber de nada, mas pode responder por crime de receptação. Por mais estranho que isso pareça, é mais comum do que as pessoas imaginam. Por isso, conte sempre com um laudo cautelar. E caso aconteça de comprar um veículo que tem esses sinais, sempre comunique às autoridades, ou seja, à polícia.

Comprei um carro e só depois detectei a fraude

Pode acontecer de o proprietário do veículo notar que o carro apresenta sinais de adulteração apenas depois da compra. Nesses casos, é possível denunciar mesmo após o uso do carro, pois os sinais de adulteração permanecem lá. Todavia, nesses casos é mais difícil provar que as adulterações eram anteriores à compra. Por isso, fique atento no momento de comprar. Caso identifique que uma loja está cometendo fraude, pode denunciar anonimamente por meio do 181 ou pelo site www.181.pr.gov.br.

Importante: o momento de compra de um carro é extremamente emocional, ou seja, tendemos a estar mais influenciados pela emoção que pela razão. Este motivo, inclusive, é o principal fator que faz a pessoa aceitar pagar parcelas de financiamento muito mais altas do que pretendia ao entrar na loja. Isso acontece porque em um primeiro olhar de alguém não treinado, todo carro parece perfeito. No entanto, é preciso ter certeza de que se trata de um bom carro, pois ele te acompanhará por anos. Seu real estado de conservação é o que vai determinar se serão anos tranquilos ou turbulentos com o veículo. Esse conteúdo faz parte do propósito de educação da UB.

Se você chegou até aqui percebeu que um carro é um bem caro e sua negociação é mais complexa do que parece. Imagine depois de tudo isso, ficar sem seu veículo por conta de um roubo ou uma colisão. Você pode se proteger desse tipo de situação financeira ao fazer uma proteção veicular da UB. Os valores são realmente acessíveis. Clique no ícone do WhatsApp e receba uma cotação gratuita e sem compromisso.

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Sobre a Ub

Ultra Benefícios é uma associação sem fins lucrativos, que visa gerir através do valor arrecadado de seus associados, as atividades da entidade, incluindo a indenização dos prejuízos que os associados venham a ter com seus carros, motos, utilitários e caminhões.

De acordo com a legislação do Brasil, associações de proteção automotiva são legalizadas e podem oferecer esse serviço de proteção veicular a proprietários de veículos, sem problema algum.

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