Há 54 anos, morria Lucien Bianchi, uma promessa do automobilismo

Belga, nascido na Itália, Lucien desde cedo era apaixonado por carros esportivos, principalmente devido ao seu pai, Roberto Bianchi. Mecânico na Scuderia Ferrari, Roberto se mudou com a família para a Bélgica em 1950, para trabalhar com Johnny Claes, primeiro belga a participar da Fórmula 1.

Lucien e Mauro, filhos de Roberto, naturalmente seguiram os passos do pai, tanto na garagem da família quanto na paixão pelo automobilismo.
Lucien mostrou uma vocação quase inata nas corridas, se tornando popular no circuito automobilístico belga ao conquistar três vitórias seguidas no Tour de France (1957 – 1959) com uma Ferrari 250 GT. Junto com Georges ‘Jojo’ Berger, também saiu vitorioso em 1964, com um GTO.

Entretanto, Lucien brilhou mesmo, nas pistas de corrida, participando de 19 Grandes Prêmios de Fórmula 1 entre 1960 e 1968, garantindo o melhor resultado quando ficou em terceiro lugar no Grande Prêmio de Mônaco de 1968.

Na foto, os irmãos Lucien e Mauro.

CORRIDAS DE RESISTÊNCIA

Lucien deixou suas marcas nas corridas de resistência que disputou, entre elas, podemos citar: 500km de Nürburging, em 1965 (fazendo ele ser contratado pela Ford), além da famosa 24 Horas de Le Mans, com os carros GT40 MkII e MkIV, se tornando campeão, em 1968, nessa famosa competição de longa distância.

A partir daí, acumulou diversas vitórias em corridas icônicas nos Estados Unidos, entre elas, 12 Horas de Sebring, 6 Horas de Watkins Glen, e Lège, com sua as lendárias 500 milhas, em Indianápolis. Estrelou também, a cansativa maratona Londres-Sydney em janeiro de 1969.

DESPEDIDA

Em 30 de março de 1969, Lucien, pilotando seu Alfa Romeo T33, participou do teste de 24 horas de Le Mans. Na reta Mulsanne, ele perdeu o controle e seu carro saiu da pista, bateu em um poste de telégrafo, pegou fogo e depois explodiu. Lucien, preso dentro do veículo em meio às chamas, morreu aos 34 anos.

FAMÍLIA BIANCHI

Um ano antes da morte de Lucien, em 1968, seu irmão e também corredor, Mauro, sofreu um acidente em Le Mans com seu Alpine A220, fazendo este pegar fogo e Mauro se ferir gravemente, pois demorou muito tempo para conseguir se desvencilhar dos destroços pegando fogo. Mesmo assim, depois de meses de recuperação, conseguiu retornar às pistas, disputando até o ano seguinte, quando a morte do irmão o abalou demais para continuar correndo.

Outra tragédia envolvendo o nome Bianchi aconteceu cerca de 55 anos depois, em 2014, com o neto-sobrinho de Lucien, Jules Bianchi. Corredor da Fórmula 1, o sangue do automobilismo corria nas veias do jovem, competindo no Kart, posteriormente, na Fórmula 1.

Dia 5 de outubro de 2014, um dia que começou agitado no Japão para os amantes da F1, já que o autódromo de Suzuka seria o palco para o Grande Prêmio do Japão.

A preocupação era com o tufão Phafone, que se aproximava do Japão e já estava dando problemas na costa asiática, atingindo ventos de até 130km/h. Durante as primeiras voltas, os pilotos correram sob a bandeira vermelha, deixando de ser sinalizada após a décima volta. Porém, em umas das curvas, um dos corredores (Adrian Sutil) rodou na pista devido à chuva, fazendo com que um carro de resgate (grua), fosse retirá-lo da pista.
Apesar de um novo alerta ser acionado, alertando os perigos e condições do trecho, Jules não diminuiu a velocidade o suficiente no setor de bandeiras amarelas, o fazendo perder o controle a 213 km/h, 2.6 segundos antes do impacto.

O francês colidiu com o trator que removia o carro do outro piloto alemão, um impacto à uma velocidade de 126 km/h, acertando o lado esquerdo do capacete de Bianchi. O impacto causou uma lesão axonal difusa, deixando Julien hospitalizado em estado vegetativo durante 9 meses, vindo a falecer no ano seguindo, em 17 de julho de 2015.
Foi o primeiro piloto a morrer na F1 desde Ayrton Senna, em 1994.
O automobilismo fez parte da família Bianchi, mas infelizmente, as tragédias também fizeram. Foram grandes promessas que morreram cedo demais, mas que deixaram uma marca e um legado gigantesco no mundo das corridas.

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