Grupo de competidores ilegais se reuniam nas ruas de Tóquio para superar os 300 km/h
Nos anos 80, o Japão concentrava cada vez mais pessoas que gostavam de carros. Vários grupos de corredores começaram a se formar nessa época. No entanto, nenhum deles ficou tão famoso quanto o Midnight Club que reuniu corredores e preparadores experientes com objetivo de promover corridas ilegais durante a madrugada. O clube ficou tão famoso que foi a inspiração para o vídeo game de mesmo nome.
Nos anos 90 o clube já era consolidado e o mais respeitado das ruas. Para isso, apenas pessoas extremamente habilidosas eram aceitas e precisavam passar por um ano de experiência, pilotando o carro em velocidade próxima ou superior aos 300 km/h. Um adesivo discreto era colado no carro para identificar os membros. A coisa tomou uma proporção tão grande que corredores que não eram aceitos começaram a falsificar esses adesivos para fazer de conta que faziam parte do Midnight Club, mas ocasionalmente poderiam ter seus carros queimados como repreensão.
Código de conduta
Por dirigirem carros modificados em extremas velocidades nas vias públicas, os participantes do grupo desenvolveram um código de conduta que buscava diminuir os riscos de envolver terceiros em acidentes. No entanto, continuava a ser um grupo de corridas ilegais.
Os carros
Na década de 90 foi o auge da indústria automotiva japonesa no quesito carros esportivos. O Nissan GT-R com seu famoso motor RB, o Toyota Supra equipado com JZ, o Honda NSX e demais ícones que fazem sucesso até hoje, aparecendo inclusive em filmes como Velozes e Furiosos. O grupo chegou a acumular 75 membros com carros que superavam 320 km/h.
O membro mais famoso é Smokey Nagata, proprietário da mecânica preparadora Top Secret. Em um de seus episódios mais famosos foi quando levou seu Supra (equipado com motor de GT-R) para a Inglaterra e bateu o recorde de velocidade em vias públicas inglesas ao atingir mais de 300 km/h. Com isso, acabou sendo preso e deportado para o Japão.
Atualmente
Muita conta sem conta sobre a dissolução do grupo. A verdade é que com a fama, muitos boatos surgiram. Há fontes que contam sobre um acidente que envolveu motociclistas e outros motoristas que passavam pelo local no momento do racha. Esse fato não foi confirmado.
A tecnologia evoluiu muito de lá para cá. Agora é muito mais difícil praticar corridas ilegais nas vias públicas japonesas já que são extensivamente monitoradas por câmeras. A terra do sol nascente é um dos países com as leis de trânsito mais rígidas.
Esse texto tem o intuito de informar. A UB não apoia práticas de condutas ilegais e/ou que tragam riscos.