Nos últimos anos, os carros elétricos deixaram de ser apenas uma curiosidade futurista e passaram a ocupar espaço real nas ruas brasileiras. Marcas como BYD, Tesla, GWM, Volvo e BMW vêm ampliando suas ofertas, e cada vez mais motoristas começam a considerar essa alternativa sustentável.
Mas será que o Brasil está realmente preparado para essa revolução sobre rodas?
Os veículos elétricos representam um avanço significativo em sustentabilidade.
Eles não emitem gases poluentes, são mais silenciosos e têm baixo custo de recarga comparado ao combustível tradicional. Além disso, o gasto com manutenção costuma ser menor já que não há troca de óleo, correia dentada ou outras peças típicas de motores a combustão, fora a questão do avanço tecnologico com sistemas inteligentes.
Tudo isso faz parecer que o futuro já chegou… mas ainda há obstáculos importantes pelo caminho.
Apesar de todos os benefícios, a realidade de um sinistro com um carro elétrico no Brasil ainda é delicada.
Isso acontece porque a infraestrutura para lidar com esse tipo de veículo ainda está em construção. Veja alguns exemplos:
1. Poucas oficinas especializadas
A maioria das oficinas e centros de reparo não está preparada para lidar com baterias de alta voltagem ou com os sistemas eletrônicos complexos desses veículos. Em caso de colisão, muitas mecânicas simplesmente recusam o atendimento — por falta de equipamentos ou técnicos capacitados.
2. Peças e baterias com alto custo e importação demorada
Como grande parte das peças ainda vem do exterior, o tempo de espera por uma simples substituição pode levar meses. Além disso, a bateria, que é o coração do carro elétrico, pode representar até 40% do valor total do veículo e nem sempre há cobertura ou disponibilidade imediata para troca.
3. Risco elétrico em colisões
Em acidentes graves, há o risco de curto-circuito ou choque elétrico durante o resgate e o manuseio do veículo. Esse é um dos motivos pelos quais guinchos e equipes de assistência precisam de treinamento e equipamentos adequados, algo que ainda é limitado no país.
E quando o carro elétrico sofre um sinistro?
Imagine a seguinte situação: seu veículo elétrico sofre uma colisão leve, mas o impacto atinge a bateria.
Mesmo que o dano pareça pequeno, o reparo pode se tornar impraticável porque muitas montadoras exigem a substituição completa da bateria em vez do reparo parcial. Isso eleva o custo e, em alguns casos, torna o conserto inviável.
Além disso, em locais onde não há concessionárias ou oficinas credenciadas, o carro pode precisar ser levado para outra cidade ou até outro estado — gerando custos e atrasos que o motorista raramente imagina quando compra o carro.
O outro lado: os avanços estão acontecendo
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A rede de postos de recarga já ultrapassa 4 mil pontos em todo o país.
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Montadoras estão abrindo centros de treinamento técnico e capacitando profissionais para reparos de alta tensão.
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Novas associações e empresas de proteção veicular já começam a se adaptar às necessidades específicas dos elétricos.
A tendência é clara: o futuro será elétrico, mas a transição ainda está em andamento.
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