O Brasil é um país que pratica o protecionismo da sua indústria. Protecionismo é uma maneira de priorizar a indústria nacional ao impedir ou tornar inviável a importação de bens com taxação. Por aqui, o maior impacto é sentido nos veículos.
Existem vários comparativos na internet expondo a relação de preço de veículos em outros países como Estados Unidos e Brasil, fazendo referência a diferença colossal entre a qualidade dos veículos oferecidos aqui e lá e o abismo entre os preços.
Os carros nacionais
Os carros fabricados por aqui são menos equipados que suas versões produzidas em outros lugares do mundo. Um exemplo disso é o uso de manivela para abertura e fechamento dos vidros que ainda é oferecido em modelos novos nas portas traseiras.
Muito se discute se a baixa qualidade e altos preços praticados no Brasil são resultado do protecionismo nacional. A verdade é que o protecionismo é um vespeiro que ninguém que mexer, pois ao se abrir o mercado, isto é, com taxação mínima de produtos importados, provavelmente as montadoras daqui vão à falência. Com isso, milhares de postos de trabalho deixariam de existir e nenhuma figura política quer estar relacionada com isso.
O protecionismo é histórico
No Brasil, essa estratégia começou ainda no início do século XX, prosseguiu com o governo de Getúlio Vargas e ganhou ainda mais força com Juscelino Kubitschek.
Se remover o protecionismo, a indústria nacional realmente vai quebrar?
Essa não é uma pergunta simples e sua resposta é ainda mais complexa. Removendo a taxação ou a tornando muito menor para todos os produtos, isso tornaria muito mais fácil importar veículos diretamente, ou seja, sem a necessidade de uma empresa importadora, além de diminuir absurdamente o custo.
Isso quer dizer que veículos tecnologicamente superiores teriam preços iguais ou até mais baixos que modelos menos equipados produzidos aqui.
Duas linhas de pensamento se dividem a partir daqui: a primeira afirma que as montadoras nacionais sofreriam no começo, mas estimularia a produção de veículo melhores a preços menores. Nessa linha também é abordado a questão de que a taxação reduzida também ajudaria as próprias montadoras instaladas aqui, pois poderiam importar componentes com taxas menores e continuar montando carros no Brasil.
Já a segunda linha de pensamento afirma que as montadoras nacionais iriam quebrar sem dúvidas e os trabalhadores perderiam seus empregos.
O protecionismo vai acabar?
Desde os anos 1990, o protecionismo é discutido com frequência tanto em locais políticos como o senado quanto pelas pessoas. No entanto, não há sinais de que essa política vá perder força.
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