A história da Ford

Uma das montadoras mais antigas do mundo e responsável por lançar grandes sucessos automotivos

A história da Ford se estende por mais de um século e desempenhou um papel significativo na revolução da indústria automobilística. A empresa, fundada por Henry Ford, foi uma das pioneiras na produção em massa de automóveis e desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da indústria automobilística moderna.

O Fordismo

Linha de produção da Ford.

A técnica da linha industrial aperfeiçoada pela Ford foi tão relevante para o mundo que acabou recebendo o próprio nome da marca. O plano consistia em grande estoque para produção em massa, especialização da mão de obra, esteira automatizada onde os produtos eram montados (carros, nesse caso) e a divisão do trabalho e funções.

Por meio dessa técnica, a produção foi acelerada e a qualidade do trabalho aumentada, além de permitir um salário maios para os trabalhadores que ficavam cada vez mais especializados e que conseguiam contribuir ainda mais para a expansão da marca.

Fundada em 1903 por Henry Ford e um grupo de investidores, produziu seu primeiro veículo: o Model A, um carro relativamente simples, mas que já trazia inovações para a época. No entanto, foi o lendário Model T, lançado em 1908, que realmente revolucionou a indústria automobilística. O Model T foi o primeiro carro produzido em massa, o que o tornou acessível para uma parcela maior da população. A famosa frase de Henry Ford, “Você pode ter qualquer cor, desde que seja preto”, ilustra o foco na eficiência da produção em massa que ele implementou. A cor preta era a única produzida pela Ford por ser a mais rápida em secar.

O Model T

Em 1920, o Model T representava nada menos que metade de toda a frota mundial de carros. O modelo permaneceu por 19 anos em produção e bateu mais de 15 milhões de unidades vendidas. A escolha em manter o veículo por quase duas décadas em produção foi porque a produção para o Model T era a mais barata, além do veículo ter uma excelente aceitação pelo público.

A concorrência

No entanto, à medida que a Ford crescia, a concorrência também aumentava. A General Motors, sob a liderança de Alfred Sloan, começou a oferecer uma variedade de modelos e cores, em contraste com a abordagem da Ford de produzir apenas um modelo e em uma cor. Isso levou a uma queda nas vendas do Modelo T, e a Ford foi forçada a inovar. Em 1927, a Ford encerrou a produção do Modelo T e lançou o Ford A, que tinha mais recursos e opções de cores. A Ford continuou a inovar ao longo das décadas seguintes. Durante a Grande Depressão, iniciada em 1929, a empresa enfrentou desafios financeiros, mas sobreviveu graças à gestão habilidosa de Henry Ford.

A Segunda Grande Guerra

Logo após o início da recuperação da Grande Depressão, as grandes potências mundiais enfrentavam um grande desgaste diplomático e o avanço da Alemanha contra as sanções internacionais fez com que os países desenvolvidos economicamente embarcassem em uma corrida armamentista. Um exemplo do papel norte-americano foi a criação da Classe Iowa – os maiores navios encouraçados norte-americanos já fabricados.

A Ford, vendo o desenrolar de tudo isso, logo se adaptou e conseguiu a licença da Consolidated Aircraft para produzir o bombardeiro B-24 Liberator. Durante os anos da guerra, entre 1939 a 1945, a produção de automóveis foi diminuída, pois a economia de guerra era voltada ao conflito, o que dificultava toda a produção do que não fosse essencial para a guerra, inclusive dificuldade para ter acesso à matéria-prima.

O avião de guerra da Ford

A Ford não se contentou em apenas produzir o bombardeiro, mas sim em aperfeiçoá-lo. Com a grande dificuldade em bombardear o solo alemão por conta da intensa defesa proporcionada pelos rápidos caças de Hitler, a Ford implementou um sistema elétrico na torre de tiro, o que a tornava mais rápida, além da instalação de uma torre no nariz – o que impedia os caças inimigos atirarem de frente. A versão Ford do bombardeiro era denominada pelo “H” ao final do modelo e foi considerado a melhor variante do B-24. Cada avião tinha um custo unitário de quase U$ 300 mil na época.

Com isso, a Ford garantiu ser necessária para a produção do avião e foi responsável pela montagem de milhares de unidades, o que deixou sua economia robusta durante o conflito.

Modelos icônicos

Foto: Ford/Divulgação
Foto: Filme Bullitt

Na década de 1950, a Ford introduziu o Ford Thunderbird e o Ford Mustang, que se tornaram ícones da cultura automobilística americana. Nos anos seguintes, a Ford expandiu suas operações globalmente e lançou uma variedade de modelos populares, como o Ford Explorer e o Ford F-150.

A Ford no Brasil

A Ford foi a primeira montadora a se instalar no Brasil, chegando em 1919. Inicialmente, os carros vinham desmontados dos Estados Unidos e eram montados aqui. Já em 1921, a companhia inaugurou sua primeira fábrica em São Bernardo do Campo (SP) e passou a produzir os veículos localmente. Ao longo de sua trajetória em terras brasileiras, a Ford apresentou veículos icônicos como o Galaxie, Corcel e Maverick.

Nos anos 1990, a Ford inaugurou uma nova fábrica em Camaçari (BA) e adquiriu a fabricante brasileira Troller. Em 2019, no entanto, a Ford fechou suas fábricas brasileiras, explicando os desafios econômicos. Hoje, a Ford mantém a importação e suporte técnico de seus modelos.

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