Seguradora ou Proteção Veicular? Qual a diferença?

Até o final deste texto, você saberá exatamente a diferença entre seguradora e associação e qual é a melhor opção.

Seguradoras

Esse segmento é um dos mais poderosos do Brasil, tendo movimentado R$ 388 bilhões de reais em 2023 segundo a Superintendência de Seguros Privados, também conhecida como SUSEP, que é quem faz a fiscalização das seguradoras no país.

No entanto, mesmo tendo movimentado tanto dinheiro, o seguro para carros e motos continua sendo para poucos por aqui.

Diferente de como funciona nos Estados Unidos, onde em 49 dos 50 estados obrigam a ter seguro, no Brasil faz seguro quem quer, ou melhor, quem pode.

Isso porque as seguradoras levam em consideração vários fatores como idade do condutor e do carro, quantas pessoas vão dirigir, gênero, onde mora e muito mais para formular quanto vai custar.

É por isso que os preços de seguradoras acabam sendo inviáveis para a maioria dos brasileiros que precisam se virar com um salário limitado para pagar todas as contas.

Além disso, por conta no aumento do preço dos carros, a frota brasileira tem envelhecido, contando com uma média de 11 anos, segundo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Se lá em 2016 era possível encontrar um kwid zero quilômetro por menos de 30 mil reais, hoje ele fica em torno de 70 mil reais, mais que o dobro.

Com o preço dos carros novos alavancados, a procura por usados também pressionou os preços para cima já que havia muita demanda e pouca disponibilidade.

Esses fatores somados pioraram ainda mais o acesso a seguros no Brasil obrigando os brasileiros a não ter cobertura.

Isso representa um risco. Atualmente, 76% das famílias brasileiras estão endividadas segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o CNC. Com tantas famílias endividas e o aumento no preço dos carros, torna-se cada vez mais difícil comprar outro veículo no caso de furto ou roubo ou até mesmo reparar o que já tem em caso de colisão, pesando ainda mais o fato de não ter acesso a um seguro.

Mas o que muitos brasileiros ainda não sabem é que é possível fazer uma cobertura em seus carros sem recorrer aos seguros.

Associações

As primeiras Associações que ofereciam Proteção Veicular nasceram no Brasil durante os anos 80, na cidade de Betim, em Minas Gerais. Surgiram como resposta às necessidades da classe dos caminhoneiros que se dedicavam ao transporte de veículos, conhecidos como “cegonheiros”. Naquela época, esses profissionais enfrentavam uma exclusão total do mercado segurador, o que levou ao desenvolvimento dessas associações como uma alternativa para protegerem seus meios de trabalho.

Então não é de hoje que muitos brasileiros se veem excluídos das seguradoras.

E o que começou como uma alternativa às seguradoras é, atualmente, a primeira opção de muita gente.

Suas mensalidades são mais baixas porque uma associação não tem finalidade lucrativa. No entanto, não ter fins lucrativos não significa falta de recursos. Isso quer dizer que as associações contam com um robusto caixa para poder cobrir os eventos como roubos e colisões.

E o que é feito com o dinheiro se não existe finalidade lucrativa?

É simples.

O dinheiro que entra em uma associação precisa cobrir todas as suas despesas que são a folha de pagamentos da equipe, bem como os eventos dos veículos dos associados como roubos, furtos e colisões. Exatamente como funciona em uma seguradora. No entanto, o dinheiro que sobra não pode ser direcionado em aplicações financeiras como ações ou qualquer coisa que vise o lucro. Ele deve ser investido no crescimento da própria associação.

Desde o seu nascimento, lá nos anos 1980, as associações de benefícios mútuos têm expandido no Brasil e entre os serviços oferecidos está a proteção veicular, que é uma cobertura completa, além de oferecer opcionais. As associações permitiram maior estabilidade para o setor de transporte de veículos e hoje tem garantido maior estabilidade para famílias brasileiras.

Qual a diferença entre seguradoras e associações?

A principal diferença é que para fazer uma proteção veicular a associação não leva em consideração as informações sobre o condutor como idade, gênero e score do CPF, tomando apenas o valor da FIPE do veículo como base para formular o valor da mensalidade.

Isso acontece porque em uma associação todos os associados precisam ser tratados de maneira igual. Isso quer dizer que se José tem um carro de um determinado modelo e ano e Maria também tem um carro de mesmo modelo e ano, ambos vão pagar o mesmo valor de mensalidade, não levando em consideração a diferença de idade, gênero, entre outras coisas.

Além disso, as proteções aceitam carros mais antigos e as seguradoras não.

Isso acaba sendo fundamental para a maior parte dos brasileiros, pois possuem carros mais velhos.

Um estudo apontou que 92% dos carros que são protegidos por associações não seriam aceitos em seguradoras. E o segmento tem crescido cada vez mais, tendo movimentado R$ 9,4 bilhões de reais em 2023.

Mas associações são confiáveis?

Por não ter finalidade lucrativa, as associações são fortemente fiscalizadas pelo governo e por isso precisam deixar claro todas as declarações com seus gastos. Tudo é minuciosamente registrado.

Agora, respondendo à pergunta se associações são confiáveis, é simples. Assim como em qualquer segmento, existem as boas e as más e eu vou te explicar como identificar qual é confiável.

Mas antes, vamos falar sobre a má prática no mercado.

Não é de hoje que as seguradoras têm espionado seus clientes e até mesmo quem não é seu cliente para formular o preço dos seguros ou mesmo recusar a renovação do contrato. Então no próprio mercado de seguros existem seguradoras mal intencionadas.

E isso acontece com várias empresas.

A série da Netflix Na Rota do Dinheiro Sujo mostra como mega corporações realizam fraudes. Em um dos episódios, mostra a Volkswagen que instalou softwares maliciosos em seus carros para simularem que emitiam menos gases poluentes do realmente emitiam e assim vender para países que contam com restritas leis contra poluição. Isso aconteceu nos Estados Unidos e até mesmo aqui no Brasil com a pick-up Amarock e que agora está em processo.

No caso das associações, basta fazer uma prévia pesquisa para entender como ela se comporta com seus associados. Verificar a nota do google pode ser o primeiro passo. Lugares mal avaliados tendem a prestar um serviço ruim, mas quem conta com muitas avaliações boas é que realmente está trabalhando da maneira correta.

Analisar como está sendo feito o atendimento, se as respostas são claras e se a associação conta com transparência como vídeos, textos ou imagens que explicam as limitações da cobertura.

Então, ao receber atendimento, é importante perguntar quais os conteúdos de transparência que a associação tem sobre a cobertura.

Todas as associações contam com o Regimento Interno, documento que explica tudo sobre como a cobertura vai funcionar. No entanto, como são de natureza jurídica, sua compreensão nem sempre é fácil e por isso a importância de ter imagens ou textos de apoio como blogs.

Por isso, aqui na UB contamos com esses materiais como a revista mensal que traz conteúdos sobre o mundo automotivo como histórias de marcas e modelos, além de explicar de maneira simples limitações das coberturas e mostrar o índice de crescimento da base de associados.

 

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Sobre a Ub

Ultra Benefícios é uma associação sem fins lucrativos, que visa gerir através do valor arrecadado de seus associados, as atividades da entidade, incluindo a indenização dos prejuízos que os associados venham a ter com seus carros, motos, utilitários e caminhões.

De acordo com a legislação do Brasil, associações de proteção automotiva são legalizadas e podem oferecer esse serviço de proteção veicular a proprietários de veículos, sem problema algum.

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