Vorax, o superesportivo brasileiro

O Brasil, infelizmente, não é reconhecido por ser uma potência em tecnologia. Algumas empresas se destacam como a Petrobrás, Weg e Embraer, sendo a exceção que confirma a regra.

Em relação à produção de veículos, o país nunca teve uma marca significante a ponto de se manter ou mesmo exportar. Apesar da tentativa da Gurgel (que hoje fabrica empilhadeiras) e da Troller, que posteriormente foi adquirida pela Ford (portanto, foi americanizada), nunca emplacamos uma marca nacional.

Em meio a tantas tentativas de produzir um veículo esportivo nacional, surgiu o Vorax que chamou atenção internacional tanto pelo seu visual quanto pelo desempenho que prometia. Mas antes de falar dele, vamos ver um pouco sobre outras empresas que tentaram.

As vanguardistas

Em relação a carros, tentativas foram o que não faltaram no Brasil. A mais marcante de todas foi a Puma que fabricou seus belíssimos esportivos com mecânica do Fusca. Atualmente, os Pumas são procurados e mantidos por colecionadores. A marca ainda existe e pretende relançar o Puma GT, seu maior ícone. Outro sucesso relativo foi a Santa Matilde com seu visual agressivo e mecânica nervosa do Opala.

Foto: Celso Barison / Retirado de https://planetcars.com.br/um-classico-puma-gte-1600-e-sua-jornada-epica/

O Uirapuru 4200GT foi o mais refinado de todos. Diferente dos veículos nacionais feitos em fibra de vidro, o carro fabricado pela Brasinca era em aço moldado a mão. Contava com um motor 6 cilindros Chevrolet e foi testado em túnel de vento. Lançado nos anos 1960, era capaz de atingir 200km/h, um verdadeiro esportivo. Apenas 77 unidades foram produzidas.

Uirapuru 4200 GT

Enfim, Vorax

Em meio ao nada fácil cenário de produção de carros nacionais, o Vorax projetava atacar a vertente de superesportivos. Fabricado pela já extinta Rossin-Bertin, o bólido contava com estrutura em alumínio e carroceria em fibra de carbono. O motor ficava por conta de um V10 BMW que prometia 750 cavalos de potência.

Com entusiasmo, foi apresentado no salão do automóvel em 2010 e conseguiu a atenção mundial. Fontes da época afirmam dezenas de encomendas.

No entanto, alguns percalços tornaram o projeto inviável. O valor de produção era elevado e o Brasil começava a sentir os efeitos tardios da crise mundial de 2008, o que piorava tudo. O motor escolhido enfrentava restrições de poluentes na Europa, o que levou ao seu fim. Com isso, o Vorax precisaria passar por readequação do projeto, o que também custava caro.

Por fim, poucas unidades foram produzidas, nenhuma delas totalmente funcional. Algumas, como a vermelha, foram encontradas em estado de abandono. O Vorax, que nasceria para ser um super carro visando exportação acabou morrendo na fase embrionária.

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